E se um dia eu fosse para o local intermédio entre os Sem-coração e entre as Almas que por aí pairam sem destino, envolvete de mil e um corações desfeitos? Isso, meus amigos, seria como um paradouxo, não um córtex de emoções interligadas numa corrente sem reforço, destinada a enferrujar sobre uma rocha coberta de sangue. Sangue esse derramado por uma Alma penada cujos sonhos foram roubados! Isto leva, sem sombra de dúvida, a um grito de guerra, emanado de uma voz incontrolável, cega por uma sede de vingança capaz de superar qualquer humanidade enraizada neste mundo pelas origens aprofundadas de um salgueiro, cujas folhas, espelhadas por uma fina camada de orvalho, reflectem uma luz de esperança imparcial á injustiça, á agonia e á mágoa.
Sara Barbosa